Ileso
E mais uma vez
O começo de tudo
Se tornou o ponto mais forte
Do romance fútil
Circunstância da sorte?
Esperança inútil?
Volta a procura obscura
De tão gasta, minha cura
Tornou-se um manifesto
Não sei se sou ingênuo
Mas sei do que é resto:
O início verdadeiro
Agora é vício rotineiro
Calaram mais uma vez
Minha crença, desavença
Não tem quem me convença
Do erro da entrega
Minhas palavras são severas
Resultado da minha fuga
Resultado inseguro
Contrário ao que eu juro
Te tive tão pouco
Mas meu coração oco
Se envolveu assim
E não foi trapaça
Nem quis ameaça
Ao longo do sim
Eu espantei caça
Conselho de graça
Não serve pra mim
Me livra da farsa
Se sou o comparsa do fim
Mas sigo em frente
Ileso, como sempre
Um tanto descrente
Confesso, tão ausente
Que nem me surpreendo
Fico indiferente
Triste, e em transe
Por uma nova chance
Sem comentários:
Enviar um comentário